terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Glúten: a palavra do momento



      Genteee, e eu que pensei que 2014 iria chegar ao fim, com o glúten saindo um pouco da mídia, mas quem disse?! Então, vamos entender um pouquinho mais sobre esse tal “vilão”?!



      O glúten é a principal proteína estrutural complexa do trigo com frações de proteínas tóxicas (gliadinas e gluteninas) encontradas em outros cereais, incluindo centeio e cevada (SAPONE, A et al., 2012). O que está acontecendo é que pelo fato de atualmente haver mais estudos sobre tal proteína, e associação com doenças, todos passam a evita-lo e não é bem por aí. Você não apresentando diagnóstico que comprove a necessidade da restrição do mesmo, pode vir até a sofrer com a ausência dele sabia disso?! Isso mesmo, por que muitos alimentos gluten-free, apresentam em sua composição nutricional elevados níveis de lipídeos, açúcares e sal, não esquecendo que a maioria dos produtos são feitos com amido e farinhas refinadas, ou seja, diminuindo aporte de fibras pro seu organismo.


 
 
      Já pararam para pensar que a maioria dos alimentos que contém glúten, são aqueles que também apresentam elevado valor calórico?! Calorias essas “vazias”, porque em salgadinho, por exemplo, você não irá encontrar anti oxidantes, apenas gordura saturada, não é verdade? O fato de tirar o glúten ajuda a diminuição de medidas, atenua aquela sensação de inchaço, mas não é devido ao pobrezinho (pelo manos não há provas disso considerando pessoas saudáveis), e sim, pela mudança de seus hábitos alimentares! Aderindo a tal restrição, você passa a fazer substituições mais inteligentes, incluindo até mesmo mais alimentos reguladores no seu dia a dia (frutas, legumes, verduras) -UHUUUL. Houve uma época mesmo, em que todos apontavam o ovo como vilão, que todos iriam ter problemas coronarianos e etc, se o ingerisse todos os dias, e hoje em dia, vejamos, o alimento tão evitado por conta do seu nível de colesterol e gordura, se “reergueu” por estudos provarem que o seu colesterol não interfere no colesterol sérico (do sangue), e que ainda é um dos alimentos mais completos que se há.. VEJAM BEM, tudo na medida certa ok?! Não é para sair comendo pão com ovo 8 - 10 vezes ao dia, kkkk. Em 2014, foi divulgado um parecer do CRN-3 que dispõe sobre a “Restrição ao consumo de Glúten”, deixa explícito que a recomendação indiscriminada para restrição ao consumo de glúten não encontra, atualmente, respaldo na ciência da nutrição e está em desacordo com o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar (2007). Ressalta também que a restrição de consumo de glúten deve ser destinada aos pacientes com diagnóstico clínico confirmado de:
·         doença celíaca
·         dermatite herpetiforme,
·         alergia ao glúten, ou quando, eliminada a hipótese de doença celíaca, haja diagnóstico clínico confirmado de sensibilidade ao glúten.

Nesse contexto, a restrição do glúten de indivíduos que não apresentem real necessidade, ou sem a devida orientação e embasamento científico, pode vir a ocultar um diagnóstico posterior de doença celíaca ou hipersensibilidade. Além disso, influenciar em sua vida econômica, já que o preço de muitos dos produtos sem glúten não é acessível a todos, e também afetar, a vida social, podendo leva-lo a um isolamento, o que pode vir a evoluir para uma depressão, por exemplo. Eu me posiciono sempre de acordo com a comunidade científica, nada de dietas mirabolantes ou da moda, e se você tirou o glúten e está se sentindo bem com o resultado, quem sabe você não tem até uma sensibilidade e não sabia?! Mas pra ter o diagnóstico tem que voltar a consumi-lo e ser acompanhado por um médico, certo??!
O segredo é manter o equilíbrio! Tudo individualizado e na medida certa (você não apresentando diagnóstico para tal restrição) terá tanto o estereótipo que deseja, quanto qualidade de vida e principalmente a nutricional, evitando exclusões desnecessárias!
“Querido glúten, a vida tem seus altos e baixos, essa fase ruim irá passar. Ass.: Ovo.”
Beeeeeeijos.... Até querta que vem...
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